Lentidão por análise de MPs é resquício de briga entre Lira e Pacheco 

Um embate no início da legislatura entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda repercute pelo Congresso Nacional. Ainda em março, os dois congressistas brigaram pelo rito das comissões que analisam medidas provisórias.

Lira desejava que as MPs fossem direto para análise da Câmara, seguindo o protocolo da pandemia, com o líder do Centrão escolhendo o relator. No entanto, Pacheco bateu o pé e atendeu a um pedido de ordem de Renan Calheiros (MDB-AL) para reintroduzir as comissões.

A derrota fez com que Lira “desse o troco” na tramitação das MPs dos Ministérios de Lula. O presidente da Câmara segurou a votação até o limite do prazo para que elas perdessem a validade. A sessão na Casa Baixa durou 14h, enquanto o Senado, apertado, só teve 2h para analisar o texto.

Mais que um recado ao Senado, Lira quer mostrar também ao presidente Lula (PT) que a Câmara não aceita perder poderes sem se agitar. Também por isso está forçando uma reforma ministerial para acomodar os seus colegas do Centrão. PP e Republicanos estão se mexendo para derrubar Daniela Carneiro () e Waldez Goés (Integração Regional) –ambos do União Brasil.

Na quinta-feira (1º/6), a comissão mista que examinava a medida provisória do Minha Casa Minha Vida aprovou relatório favorável à proposta. Essa MP está para caducar no próximo 14 de junho. Além dela, há os prazos máximos para a MP que cria o Conselho do PPI do presidente da República (9 de junho) e o texto que reduz alíquotas de contribuições incidentes sobre combustíveis (28 de junho).

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