CCJ do Senado aprova em 1ª votação cota de 30% para negros em concurso

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (24/4), o projeto de lei (PL) que prorroga por 10 anos as cotas para negros, indígenas e quilombolas em concursos públicos federais. O texto também aumenta a reserva de vagas de 20% para 30%.

Como o projeto aprovado é um substitutivo, ou seja, um texto diferente do original, ele precisa ser votado uma segunda vez, no chamado turno suplementar.

Na primeira votação, o placar foi de 16 votos favoráveis e 10 contrários. Como o projeto é terminativo, se aprovado na segunda votação, ele segue direto para análise da Câmara dos Deputados, e não precisa passar pelo plenário do Senado.

A reserva de vagas será aplicada, de acordo com o texto, sempre que as vagas disponíveis forem iguais ou superiores a duas.

A legislação atual prevê a reserva de 20% das vagas oferecidas em concursos públicos de cargos efetivos e empregos públicos na administração pública federal, nas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.

O governo corre para aprovar o projeto antes do Concurso Nacional Unificado (CNU), porque a de reserva de vagas expira em junho. A Lei de Cotas foi aprovada em 2014, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), e previa 10 anos de duração para a medida.

Repercussão

Em nota, o instituto República, entidade que se diz antirracista do terceiro setor e voltada para a valorização do serviço público e dos servidores, disse que a atual Lei de Cotas “precisa ser ampliada urgentemente”.

“Ao completar dez anos, a Lei de Cotas no serviço público trouxe avanços, mas ainda não atingiu seu objetivo final. Por isso mesmo, é preciso mais mecanismos para garantir sua implementação. Também é necessário uma ampliação de 20% para 30% na reserva de vagas”, defende Vanessa Campagnac, gerente de dados e comunicação da República.org.

Na administração pública federal, 39,9% dos servidores se declaram negros.

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