Uma ala dos parlamentares bolsonaristas que integram a CPMI do 8 de Janeiro quer incluir, nas discussões do colegiado, a concessão de anistia aos golpistas que invadiram a sede dos Três Poderes.
Em conversas reservadas, esses aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro defendem ser necessário uma “pacificação” das relações entre direita e esquerda. Para eles, a anistia ajudaria a “zerar o jogo”.
Bolsonaristas comparam a anistia aos golpistas à concedida no fim da ditadura a militares e a políticos de esquerda, que puderam participar das discussões pela redemocratização.
Aliados de Bolsonaro dizem que a anistia também poderia ser boa para os governistas. Especialmente se a CPMI conseguir comprovar alguma prevaricação de membros do governo Lula durante o 8 de Janeiro.
Na visão dos bolsonaristas, a anistia poderia ainda contribuir para melhorar a relação entre o governo e a oposição, ajudando Lula a aprovar pautas “mais importantes”, sobretudo na área econômica.
