Banco do Brasil (BBAS3) vai financiar exportações para a Argentina, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o Banco do Brasil (BBAS3) irá financiar exportações para a Argentina, com garantias soberanas dos dois países. Para isso, a Fazenda desenvolve a criação de um fundo garantidor para alongar o prazo do financiamento.

Haddad deu as declarações ao explicar a ideia de uma moeda comum entre os dois países para relações comerciais, um dos principais temas da viagem do presidente Lula a Buenos Aires.

“Temos uma equipe dedicada a encontrar uma forma que dê garantias não apenas para os exportadores mas também para o Brasil e para o Banco do Brasil em particular, que vai financiar as exportações por emissão de carta de crédito. [Que] dê garantias que no topo das relações comerciais estarão dois países garantindo seus créditos com base em algum ativo real e conversível”, disse Haddad, em entrevista à imprensa. Após a declaração, as ações do BB encerraram o dia em queda de 0,75%.

Os governos brasileiro e argentino querem encontrar meios de aumentar as relações comerciais entre os dois países. Para a equipe do governo do Brasil, um dos principais entraves para isso hoje é a baixa aceitação do peso argentino, diante da crise econômica no país.

Os dois países querem fugir do dólar, diante da dificuldade argentina com a divisa.

“O Banco do Brasil não vai tomar risco nenhum dessa operação de crédito para exportação. Nós vamos ter um fundo garantidor soberano, que vai garantir as cartas de créditos emitidas pelo Banco do Brasil para exportadores brasileiros. Nem o banco argentino que tiver financiando o importador nem o Banco do Brasil que estiver garantindo exportador estão envolvidos no risco”, disse Haddad.

O ministro da da Argentina, Sergio Massa, disse que o Banco de La Nación irá garantir as operações para as empresas de seu país.

“O Banco do Brasil assume compromisso com empresas brasileiras, Banco de La Nación assume compromisso com empresas argentinas”, disse.

Haddad afirmou que o fundo garantidor irá assumir o risco de convertibilidade de peso em real. Ele disse que não se trata de uma moeda única, como é o caso do euro.

“Não estamos defendendo moeda única. Nós estamos defendendo uma nova engenharia, que não seja o pagamento em moedas locais, mas que não chegue ao estágio de unificação monetária”, afirmou.

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